Crisopeia

Ouroboros (representação de uma serpente comendo sua própria cauda) com as palavras ἕν τὸ πᾶν, hen to pān ("o tudo é um") da Crisopeia de Cleópatra, no século III ou IV

Na alquimia, o termo crisopeia (em grego clássico: χρυσοποιία; romaniz.: crusopoiia, "fabricação de ouro") refere-se à produção artificial de ouro, mais comumente pela suposta transmutação de metais básicos, como o chumbo. Um termo relacionado é argiropeia (ἀργυροποιία, arguropoiia, "fabricação de prata"), referindo-se à produção artificial de prata, muitas vezes pela transmutação de cobre. Embora os alquimistas perseguissem muitos objetivos diferentes, a fabricação de ouro e prata permaneceu uma das ambições definidoras da alquimia ao longo de sua história, desde Zósimo de Panópolis (c. 300) a Robert Boyle (1627–1691).[1]

A palavra foi usada no título de uma breve obra alquímica, a Crisopeia de Cleópatra atribuída a Cleópatra, a alquimista, que provavelmente foi escrita nos primeiros séculos da era cristã, mas que é encontrada pela primeira vez em uma única folha em um manuscrito do século X ao XI na Biblioteca Marciana, Veneza, MS Marciana gr. Z. 299.[2] O documento apresenta um ouroboros contendo as palavras "o tudo é um" (ἕν τὸ πᾶν, hen to pān), conceito que está relacionado ao Hermetismo. Estêvão de Alexandria escreveu uma obra chamada De Chrysopoeia.[3] Crisopeia é também o título de um poema de 1515 de Giovanni Augurello.

Outras imagens da Crisopéia de Cleópatra

Imagens de Crisopeia de Cleópatra

Referências

  1. Principe 2013, pp. 13, 170.
  2. Berthelot 1887, p. 128.
  3. Linden 2003, p. 54.

Bibliografia

  • Berthelot, Marcellin (1887). Collection des ancien alchimistes grec. Tome 1. Paris: Steinheil 
  • Linden, Stanton J. (2003). The alchemy reader: From Hermes Trismegistus to Isaac Newton. [S.l.: s.n.] 
  • Principe, Lawrence M. (2013). The Secrets of Alchemy. Chicago: The University of Chicago Press. ISBN 978-0226103792 
  • Portal da química